Khorovats, khachapuri, hamest taty, choban, stasivi e kaurmá. Pedir aos empregados um dos pratos do novo restaurante de Lisboa não vai ser fácil, a menos que seja fluente em arménio. Chama-se Ararate e é o primeiro no país dedicado à gastronomia da Arménia. A escolha do local para a abertura também foi pensada ao pormenor. Fica perto do jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, o homem de negócios e colecionador de arte de origem arménia.
“O conceito foi criado por um casal russo. A mulher é tem origens arménias e depois de passarem férias em Portugal decidiram ficar por cá e abrir alguns negócios de restauração”, explica à NiT Paulo Marques, o gerente do novo Ararate. Depois do Dom Afonso O Gordo, que fica perto da Sé de Lisboa, e do Cervetoria, com várias cervejas, abriram um restaurante com especialidades nunca antes provadas na cidade.
“O casal já tinha a ideia de abrir este espaço há algum tempo. Este é o primeiro arménio de Portugal e o segundo na Península Ibérica. Existe um em Madrid.” Pedro Marques explica ainda que a gastronomia dos dois países é muito semelhante. “Baseia-se em produtos frescos, com muitos legumes e para partilhar. Há guisados, ensopados, estufados e espetadas.”
Os chefs que ali trabalham vieram são arménios e estavam todos a trabalhar num restaurante em Moscovo, na Rússia, antes de virem para Portugal. Os nomes, como já percebeu, são um pouco estranhos, mas não se preocupe que na ementa vem tudo explicado em português com imagens para perceber o que vai pedir.
Para começar peça o chacapuli, borrego preparado a baixa temperatura com vinho branco e ervas aromáticas (7€), ou o stasivi, pedaços de peru, também a baixa temperatura, com nozes, alho e especiarias (6,50€). As espetadas são um dos pratos mais conhecidos da Arménia. As carnes são marinhadas durante algum tempo antes de serem preparadas na grelha a carvão. Vitelão (14€), borrego (14€), porco (11,50€) e entrecosto (12€) são algumas das variedades.