Desde o final de 2016 que Lisboa e Porto têm assistido à abertura de vários espaços dedicados às tapiocas, tanto doces como salgadas. No Brasil é usada para fazer doces típicos, mas por cá é a base de crepes que por não terem glúten têm tido algum sucesso entre os fãs de comida saudável.
O mais recente espaço deste género no Porto é a Flor de Tapioca, localizada no Centro Comercial Bombarda desde 21 de agosto — que está a passar por um processo de renovação e terá várias novas lojas a inaugurar nos próximos tempos.
As tapiocas doces podem ser de queijo (3,50€), goiabada e queijo (3,50€), frutos vermelhos (4€) ou a orieta, de compota de banana e queijo (3,80€). Para quem prefere as salgadas, há de manteiga (3€); queijo e tomate (3,50€); fiambre de perú e queijo (3,90€); atum, tomate e queijo (4€); e ovos, fiambre, queijo (4€). É possível pedir um menu de degustação de quatro mini tapiocas (12€), que inclui um sumo natural.
O menu de pequeno-almoço (3,50€), disponível entre as 9h30 e as 11 horas, inclui uma tapioca, sumo de laranja, chá e fruta. O de almoço (4,90€), que pode pedir a partir das 11 horas e até às 14h30, tem tapioca, salada, café e fruta. Também há vários bolos e produtos de pastelaria. Acompanhe com sumos detox (entre 2,50€ e 3€, consoante o tamanho do copo).
A Flor de Tapioca é um negócio da família brasileira Curry, natural de Espírito Santo, que vive em Portugal há 16 anos: as irmãs Gabriela e Carolina, e a mãe Sandra — além de uma amiga, Lindi Nunes. Há algum tempo que queriam abrir um negócio próprio no Porto e, depois de algum tempo, perceberam que a escolha natural seria fazer de tapiocas.
“Nós crescemos com tapiocas”, conta à NiT Gabriela Curry. “Costumo dizer que o líquido amniótico na barriga da minha mãe era creme de tapioca [risos]. Os meus tios no Brasil acordam às 7 da manhã para comprar o jornal, fruta e tapioca.”
Apesar de estarem mais do que habituadas à especialidade brasileira, só aprenderam a prepará-la recentemente, e com um português. “Temos um amigo português que costuma ir ao Brasil. E foi ele que ensinou a minha irmã Carol a fazer tapiocas [risos]. Não é fácil: a farinha tem de estar três ou quatro dias em água, para hidratar. Começámos a fazer em casa e a comer fora, e chegámos à conclusão de que a nossa era melhor.”
Depois de perceberem que a maioria das lojas da Baixa do Porto tinha “preços exorbitantes”, as proprietárias da Flor de Tapioca concorreram ao espaço do Centro Comercial Bombarda, onde já costumavam ir para comerem no restaurante Pimenta Rosa. Venceram o concurso, que tinha outro projeto concorrente, e ficaram com o espaço em junho.
“Acho que tinha sido uma livraria infantil. Estava completamente destruído. A Flor nasce de um desejo antigo de juntar à volta da mesa comida, bebida e amigos.”
Agora tem uma decoração leve, em tons claros, e com luz natural. Tem 30 lugares sentados e no futuro vai haver uma esplanada para a Rua do Rosário.
Carregue na imagem para conhecer melhor a Flor de Tapioca.