Shots de tequila, música nas alturas e um balcão transformado em pista de dança improvisada. Passaram quase 16 anos desde que o filme “Coyote Bar” lançou a loucura das coiotes, as miúdas giras que dançavam até à exaustão no balcão de um bar. Na maioria dos espaços da noite do Porto, esta ousadia valeria com certeza uma conversa pouco amigável com um segurança corpulento. Isso não vai acontecer no Coiote Bar, aberto desde 23 de julho, na Travessa de Cedofeita, no Porto.
Esqueça as coiote girls. Aqui não há profissionais da arte, até porque qualquer cliente pode dar corda às botas, trazer o seu melhor chapéu de cowboy e saltar para cima do resistente balcão de madeira, composto por único bloco de mogno, resgatado pelo donos numa serração.
“É mais difícil para o barman porque tem de servir as bebidas entre as pernas de quem dança, mas é mesmo esse o objetivo: animação, festa e muita diversão”, explica à NiT Paula Rebelo, a consultora do espaço que ajudou os dois sócios, Rui Humberto e João Rebelo, a lançarem o conceito.
Das colunas vai sair “rock dos anos 80, boa música country e, claro, alguns hits do momento”
A vontade de levar para a noite do Porto “um conceito diferente” implicou, também, cortar nos géneros musicais da moda e que “facilmente encheriam a casa” — ali não vai ouvir kizomba ou os últimos temas cantados em português do Brasil. Mas prometem “rock dos anos 80, boa música country e, claro, alguns hits do momento.”
O Coiote Bar foi desenhado em guardanapos de papel, à mesa de um café, e encontrou o espaço ideal na Travessa de Cedofeita, no edifício onde nasceu o primeiro jardim vertical do País, espaço do antigo Canhoto Bar. Depois de horas de trabalho árduo para fazer desabrochar novamente as plantas, a recompensa: a fachada verde é hoje ponto de atração de turistas, de máquinas fotográficas em punho. Como bónus, podem também registar uma das peças decorativas mais marcantes do espaço, a Famel Zundapp em exibição na montra.
Para lá das aparências, o Coiote quer também ser conhecido pela “qualidade superior das bebidas”. Gosta de vodka? Peça uma Stolichnaya Elit. É um fã de whiskey? Tem de provar um copo do japonês Nikka. Depois, é só saltar para o balcão e dançar como se a sua vida dependesse disso.
Carregue na imagem acima para conhecer o espaço.