O Madame Petisca é o mais recente rooftop de Lisboa a atingir a maioridade. Tudo porque, durante vários anos funcionou como restaurante da guesthouse que ocupa o edifício colado ao miradouro de Santa Catarina, o Monte Belvedere. A independência chegou em junho, mas quem visita o terceiro piso que se ergue acima do Adamastor continua a ter de passar pela guesthouse — que agora é oficialmente um hotel —, seja pelas escadas de madeira antigas ou através do moderno elevador da entrada.
Embora a ligação física não possa ser eliminada, o Madame Petisca pretende tornar-se “completamente independente” do hotel, explica à NiT Liliana Ferreirinha, a responsável de comunicação do grupo Shiadu, dono de outras seis guesthouses, quatro em Lisboa e duas no Porto.
O restaurante do Monte Belvedere, que está aberto desde 2012, funcionava no piso inferior e passou, eventualmente, para o espaço com vista privilegiada no terceiro andar. Hoje, depois de uma série de obras, ganhou novo nome, uma nova decoração e uma carta focada nos petiscos.
Mesmo com todas as renovações, a história do edifício de finais do séc. XIX mantém-se presente até hoje, já que a estrutura se manteve inalterada ao longo dos anos. Em maio de 2015, o rooftop recebeu o último evento antes da transformação em Madame Petisca — o casamento de uma das descendentes dos donos originais da casa, a família Robert. A casa que foi uma perfumaria francesa nos anos 20 e 30 e que chegou a acolher refugiados judeus na Segunda Guerra Mundial, foi o lar da bisavô da família, pelo menos até 2012, quando se transformou em guesthouse.
Os petiscos são todos para partilhar por uma ou duas pessoas para que possa experimentar o máximo de sabores. Ainda pode complementar os pratos com alguns dos acompanhamentos à escolha, como aros de cebola ou batatas aioli. Há uma secção especial na carta apenas para conservas com filetes de cavala, sardinhas em tomate ou atum com feijão frade.
Os petiscos são todos para partilhar por uma ou duas pessoas para que possa experimentar o máximo de sabores
As criações são todas da jovem chef Patrícia Rego, que trabalhava como sub-chefe no Cais da Pedra. As estrelas da carta são os lombinho de porco em ginja (9€)e o tornedó de rabo de boi com molho de alperce (10€).
Para além das opções de carne, pode provar os petiscos das outras duas secções, a vegetariana e a de peixe. Peça o folhado de queijo de cabra e cebola roxa (7€) ou as vieiras gratinadas (10€). Termine com uma tarte de bananoffee (4€) ou pêra bêbada folhada e gelado de baunilha (4,5€) — os gelados são todos feitos no Madame Petisca e estão disponíveis em três sabores: baunilha, café e biscoito.
Se quiser aproveitar a vista sobre o Tejo para beber um copo peça um dos cocktails da casa. Prove o San Francisco (6,5€), o clássico sem álcool com sumo de frutas, ou o Tequila Sunrise (8€), com tequila, sumo de laranja e groselha.
O espaço do rooftop está dividido em duas zonas, uma coberta — com capacidade para 40 pessoas — e uma ao ar livre com espaço para outras 20. A decoração colorida combina com as paredes avermelhadas do edifício e com as diferentes formas do mobiliário. Em cima das mesas, está um pequeno apontamento de história. Todos os pequenos jarros de flores pertenciam à antiga perfumaria francesa que ali funcionava e que fabricava os respetivos produtos.
Para breve está a abertura de um menu de brunch, aos fins de semana, que vai funcionar das 11 às 16 horas e irá custar 18€. Durante a semana, estará também disponível um menu de almoço por 10€, que inclui sopa, prato e bebida.