Comer pode ser uma das melhores sensações do mundo, mas também há alimentos que nos podem tramar a vida: causam irritações, dão comichão e até nos deixam de cama. Não lhes fizemos mal nenhum, mas por alguma razão não são compatíveis connosco. Isto quer dizer que podemos estar perante dois problemas: alergia ou intolerância alimentar. E como é que os distinguimos? A NiT explica com a ajuda de uma especialista.
Há alimentos que provocam apenas mau estar e outros que podem causar um impacto negativo na saúde. “Em reações graves a alergia pode levar à morte”, começa por explicar a nutricionista e nutricoach Paula Beirão Valente, autora do livro “Segredos de Uma Nutricionista“, da editora Nascente. Por outro lado, a intolerância alimentar causa apenas desconforto. E, embora não seja positivo, consegue-se viver com isso.
“A alergia é uma reação imunológica desencadeada por uma proteína”, conta. Este problema pode manifestar-se através de lesões cutâneas, urticária, inchaço, enjoos, espirros e até pode causar descidas repentinas da tensão arterial, por exemplo. As alergias mais comuns encontram-se no leite e derivados, nos frutos secos, nos ovos, nos citrinos e no marisco.
No entanto, se for alérgico não basta evitar estes alimentos. É necessário que tenha a certeza que não come outros que tenham estado em contacto com os que possuíam alergénio.
No caso da intolerância alimentar, define-se como “uma reação não tóxica que pode ser causada por alimentos reconhecidos como estranhos pelo organismo”, explica Paula Beirão Valente. Os sintomas mais frequentes são gases, cólicas, azia, dores de cabeça e um mal estar generalizado. De acordo com a autora, o leite, a proteína do leite, a lactose, o glúten e as fibras presentes nos legumes são as intolerâncias mais comuns.
Estes sintomas manifestam-se de forma mais rápida na alergia e de forma gradual quando se trata de uma intolerância.
A nutricionista aconselha sempre os doentes a fazerem um teste: “Se suspeitar que é intolerante a um alimento, elimine-o da sua alimentação durante dois meses e verifique se melhora”. Para Paula, este método é bastante mais rápido e eficaz do que os exames.